sábado, 25 de janeiro de 2014

Não me queria pronunciar, mas lá terá que ser

Sou a favor da praxe. Fui praxada, e praxei! E nunca me senti ameaçada, humilhada ou o que quer que fosse. E é por isso que todas as generalizações que por aí vou lendo me irritam.
A culpa não é da praxe, a culpa é de quem não sabe praxar. A culpa é de quem se acha superior por vestir capa e batina e andar de colher de pau na mão. A culpa é das instituições que continuam a permitir abusos.
Tenho umas saudades doidas do meu tempo de caloira, das praxes e do convivio que havia nas mesmas. Há certamente quem não tenha gostado, mas eu gostei. Estraguei alguma roupa, o meu cabelo coitadinho ficou todo estragado de tantas vezes andar a chafurdar na lama, mas era tudo tão interactivo e divertido, que nada disso me importava. 
Também não sou daquelas que acha que a praxe nos prepara para a vida porque o que não falta para aí é gente que não foi praxada - ou sequer universitária - e são pessoas bem sucedidas. Mas também não gostava que deixassem morrer a praxe. Acabem só com os abusos, e acabar com os abusos passa também por não encobrir quem os comete, que é o que está a acontecer na Lusófona. A própria instituição está a tentar abafar o caso e não é certamente assim que se resolve coisa alguma.
Mas por favor, não acabem com a praxe!



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